quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A Substituição dos Formatos

Muitos vão pensar que uma mídia vai acabar com a outra e assim por diante:O livro digital vai acabar com o livro impresso...
A internet vai acabar com o jornal impresso...
A tv vai acabar com o rádio...
O Facebook vai acabar com o Orkut... !!! Esse foi mesmo... ou não.
Etc, etc, etc...

Um assunto a ser analisado com mais calma com relação a tecnologia, é que não existe morte de um formato, mas adaptação dos formatos, modelo de negócio e público alvo.
Leva algum tempo.
Ao contrário dos ávidos por tecnologia. A grande maioria das pessoas precisa se acostumar. E muitos só vão se dar ao trabalho de adquirir ou ver a nova tendência ou dispositivo quando efetivamente não tiverem opção e a novidade tecnológica já estiver absorvida pela maior parte da sociedade.
  •  Exemplo: o Smartfone veio para ficar, mas a sua adoção como meio comum levou um período de quase 10 anos. Sendo que ainda hoje há pessoas resistentes a sua adoção.
Outro ponto importante é o formato e sua função. Estamos na verdade diversificando formatos e não substituindo um pelo outro que ocorre ao longo de um tempo indeterminado, onde o formato antigo perde apelo ou as vezes função ou mesmo não morre e fica direcionada a um nicho.
  • Exemplo: o disco de vinil aparentemente morreu quando o CD se tornou popular, mas não. Um publico cativo e apaixonado de entusiastas manteve ele vivo. Aos poucos, se tornou um item de coleção valorizado e com o tempo, algumas empresas enxergaram uma oportunidade e o transformaram em um item de nicho "premium" com constantes lançamentos e relançamentos de músicas nesse formato.
A preservação de um formato pode também depender de medidas de proteção, e a sociedade pode se acostumar a isso:
  • Exemplo: o cinema poderia ter perdido muita força com a popularização de  formatos como TVs grandes e de tela plana, sistemas de Hometheatre, serviços de Mídia on-line, 3D em casa, Bluerays e etc... Mas! A industria criou o padrão de que os lançamentos vem primeiro para a grande tela na sala de cinema e depois para a sala da casa.
Mesmo na minha brincadeira sobre o Orkut. Acredito que ainda havia público para manter o serviço ativo, mas não com o lucro. E em sistemas que dependem de infra-estrutura, é mais difícil a sobrevivência em função de custos de manutenção. Existe o momento que o dono do formato precisa decidir desligar a chave para segurar o vazamento de recursos. Mas sempre existe a possibilidade de alguma empresa, por nostalgia ou por enxergar potencial em um serviço de nicho, comprar os direitos e religar a chave.

Concluindo, eu pessoalmente não consigo considerar que um meio vai morrer por completo. Se existe um público para o formato, sempre há uma oportunidade de negócio e de manter o mesmo vivo.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Institutos de Pesquisa de Empresas no Brasil
Desmistificando a Ilusão

Como iniciar um tópico como esse sem me tornar um alvo? É algo difícil, pois o que há para se falar é assunto delicado.

Basicamente, em função da lei de informática, a grande maioria das empresas que produzem equipamentos tecnológicos e micro-processados no Brasil tem seus próprios institutos de tecnologia. Eu mesmo trabalhei em alguns e visitei vários em minha carreira, e posso dizer que, em geral, salvo alguns casos ou grupos internos muito específicos, poucos trabalham naquele mundo ideal que se vê nos filmes ou no exterior. E mais, ouso dizer que no exterior também não é muito diferente. Ou seja, não deixam de ser braços da empresa funcionando como áreas comuns da mesma.
Isso não é ruim em muitos aspectos, pois se você se identifica com aquela empresa específica e seu modus operandi, vai gostar de trabalhar no seu instituto de pesquisa.

Ambiente descolado?

Alguns, na tentativa de parecerem descolados e modernos exibem áreas de descanso e inovação, com TVs, Vídeo Games modernos e etc... Ok, vá lá você, funcionário, em um momento de relaxamento daquela tempestade neural monstruosa de desenvolvimento pegar alguns minutos para descontrair, limpar a mente e se preparar para a próxima. O dono do instituto é um empresa, que visa lucro e o desperdício de tempo é prejuízo, e um minuto do expediente gasto nisso para os gestores, será mal visto. Claro que, quando menciono isso, estou levando em consideração que o funcionário em questão tem bom senso e não vai passar horas relaxando.
Aqui vem minha critica aos PMOs do qual já fiz parte também. Existe sempre um briga entre o tempo do funcionário no projeto e o tempo de "inspiração mental" ou "projeto pessoal" ou chame de como quiser. Neste último os gestores sempre acham que é necessário encaixar tudo como tempo para escrita de patentes, tempo para brainstorming de novas ideias e etc. E os gerentes de projetos que estão preocupados com a entrega do projeto, no fundo, acham um desperdício de tempo. Por mais que digam que respeitam isso no início, sempre será a primeira coisa a ser sacrificada e aquele ambiente descolado e com tempo aberto a inovação tende a desaparecer a médio prazo.

Acesso a tecnologia de ponta?

Se você se refere a tecnologia de ponta como sendo o próximo produto a sair no mercado um pouco antes das lojas receberem. Ok, pode ser de ponta. Agora se você pensa que estamos falando daquelas tecnologias disruptivas que vão gerar inúmeras patentes e vai deixar todo mundo de boca aberta. Pense bem, pois no Brasil são realmente muito poucos que se preocupam com isso de forma séria.
Sim, a maioria gera patentes, mas em geral por metas, campanhas de ideação e não pelos métodos que pessoalmente considero ideais como real pesquisa de conceitos novos, algoritmos novos e jeitos novos de fazer as coisas.
Devo frisar que não é uma regra geral pois já trabalhei e vi de perto todos esses casos por aqui, o ideal e fantástico e também os mais tristes.

Projetos interessantes?

Confesso que já passei por situações de pesquisa interessantíssimas em empresas que nem de perto tem centros de pesquisa ou se preocupam em ter sua vertente de pesquisa com base na Lei de Informática, como também passei pelos projetos mais maçantes do mundo em lugares considerados como os mais inovadores institutos.
Neste ponto, o que vale é o que você vai fazer ao entrar lá, avalie bem o ambiente e se for possível, pergunte na entrevista sobre os projetos que estão desenvolvendo e como funcionam as políticas de alocação de recursos humanos aos projetos. Lembre-se que muitas vezes você poderá ficar preso a um projeto muito ruim e se não houver flexibilidade e boa governança dos recursos, sua opção de mudança será apenas deixar a empresa.

Laboratórios surreais e mirabolantes?

Vi em muitas universidades e em alguns poucos institutos coisas de ficar impressionado. Mas não é um regra geral, muitos dos institutos não tem. Seus ambientes de trabalho não são diferentes de muitas empresas normais com seus escritórios padronizados. Na verdade vi ambientes mais interessantes em empresas normais do que em alguns institutos. Eu sinceramente queria poder revelar aqui em detalhes alguns dos laboratórios malucos que já vi, mas infeliz e também felizmente existem contratos de confidencialidade, então devo ficar apenas no "existe por aí ou não existe por aí".

Incentivo ao desenvolvimento pessoal?

Então, sim mas com muitas restrições. Há mais casos do que gostaria de situações onde o tempo liberado ou incentivo financeiro é muito restrito. Onde o aluno de um mestrado ou doutorado fica com poucas opções de cursos que se encaixem no tempo cedido pela instituto que não difere do que muitas empresas já fazem. Já vi casos que o aluno teve que se desvirar mudando de horários e fazendo matérias especiais e consumindo as férias para conseguir terminar cursos e cadeiras sem subsídio da empresa, e está, depois da conclusão, usar como poder de marketing das especialidades presentes na mesma. Ok, é um funcionário e o conteúdo intelectual está disponível para a empresa, mas considero falho a restrição de subsídio onde os casos não são avaliados um a um. Pois já observei bons funcionários deixarem de fazer cursos muito interessantes por questões de liberação esporádica de algumas poucas horas a mais em momentos específicos.

É bonito no currículo?
Claro que é bonito! Mas não com aquela intensidade de muitos pensam. Você ter trabalhado para a empresa X ou para o R&D da empresa X? O que vale mesmo é o X e o que você fez lá, ou seja, a sua experiência.

Concluindo...
Não se iluda com coisas que a mídia mostra, como: Empresa X vai investir XYZ milhões em instituto de pesquisa. Avalie muito bem antes de entrar em um instituto, avalie ele como avaliaria uma outra empresa qualquer.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

A Morte dos Televisores

Muitos vão se perguntar: Como assim ele declara o fim dos televisores?

Para entendermos isso, é necessário analisar rapidamente o que é um televisor. Basicamente um televisor é um aparelho que exibe imagens a distância. Pode ser curta como um aparelho de DVD ligado por um cabo, ou uma transmissão de um rede de TV.
Agora. Que outros aparelhos podem exibir imagens nos dias de hoje? Projetores de vídeo, notebooks, tablets e celulares. São ainda aparelhos com telas limitadas a uma pequena área física, ou seja, de certa forma, são outros televisores também concorrendo com o aparelho que está ali na sua sala de estar.

Que novas tecnologias estão surgindo?
- Temos vidros transparentes sensíveis a projeção de imagem;
- Vidros com telas de LED e LCD embutidas;
- Projeção de imagem mapeada (um conjunto de projetores trabalhando de forma sincronizada, transformam todo um ambiente em uma tela de projeção.

Só pensando nessas novas tecnologias, fica fácil de entender o fim dos aparelhos de TV. Pense que daqui a 20 anos, tudo que está a sua volta pode ser capaz de exibir uma imagem, sua mesa, sua cadeira, sua parede, sua geladeira, seu painel do carro e suas janelas. Você simplesmente toca no objeto para abrir seu meu particular e escolher que programa que quer assistir ou que aplicativo quer rodar dentro do seu PC virtual.

Como isso é possível?

Imagine todos esses objetos funcionando como uma imensa rede de computadores. Sua informação trafega de forma compartilhada entre todos eles e com criptografia como se na verdade você possuísse um um único computador ou central de mídia que acompanha você onde quer que esteja. Já hoje, as tecnologias de virtualização de computadores na nuvem estão dominando o mundo em empresas como Amazon e Google. E em uma questão de aproximadamente 5 anos estarão chegando aos usuários comuns.

Analisando bem, não declarei apenas o fim da TV, mas também dos computadores como conhecemos. Creio que os celulares e talvez tablets ainda estarão por aí, pois eles serão a chave para você ter acesso ao seu PC virtual em qualquer painel ou local que encontrar pela sua frente.

Isso abre um mundo de possibilidades, não há como fugir, conceitos como "Internet das Coisas" e "Computação Sutil" estão vindo para ficar.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

As Primeiras Impressões do Funcionário

Muitas vezes um fator que passa desapercebido para o contratante é a imagem que este passa nos primeiros contatos com seus futuros funcionários.

Claramente, na maior parte dos casos, o funcionário está feliz por ser contratado e está aceitando o que der e vier pelo seu futuro profissional na nova empresa. Mas a duração dessa impressão e dessa vontade de contribuir pode durar mais ou menos tempo em função de diversos pequenos aspectos. São detalhes físicos do ambiente de trabalho e dos processos que em geral são sutis, muitas vezes subliminares e passam desapercebidos para quem está dentro daquele ambiente a muito tempo.
Entendam que esses pontos vem da experiência de observar isso em várias empresas que eu e colegas trabalhamos. Cada caso é um caso, mas aqui estão alguns observados com maior frequência:

O retorno no processo de seleção e contato com o RH:
Muitas vezes um candidato que acabou de ser aprovado não tem uma resposta pronta do RH para suas questões. Percebam que o candidato pode estar passando por vários processos seletivos, a simples demora em uma resposta, pode fazer o candidato mudar sua decisão entre duas propostas. Como não conhecemos o nível de ansiedade do indivíduo, principalmente para casos em que este acabou de pedir demissão do antigo emprego ou está a muito tempo procurando.
A famosa justificativa de que isso faz parte do processo não procede, muitos dos bons profissionais se decepcionam já antes mesmo de pisar na empresa, o que pode fazer com percam a credibilidade das futuras ações que o RH tente promover internamente. Um argumento conhecido: "Como vou confiar em alguém que me fez passar por aquilo sem nem mesmo me conhecer direito?".

O local onde você fez a entrevista
Como sua empresa se apresenta para o candidato logo na primeira entrevista?
Há empresas que são lindas e maravilhosas como se tivessem saído de um catálogo de uma loja de moveis chiques. Aí vem a pergunta: onde você efetivamente foi entrevistado? Pois é um caso recorrente de empresas que precisam aparentar mais do que são ainda no início, ainda mais se foram pequenas, desconfie.
Salvo alguns casos específicos onde existem setores da empresa que precisam receber clientes importantes, ou funções muito específicas, em geral empresas sérias usam moveis padronizados, de melhor qualidade ou não, mas sempre visando um fator: Custo/Benefício
Ou seja, procuram o mobiliário padronizado que seja relativamente fácil de expandir, manter e remodelar o layout dos setores.
O mesmo vale para o setor de IT. Observe as máquinas que os funcionários estão usando, cada um tem um PC de marca ou modelo diferente, ou está dentro de uma certa padronização? Uma salada de computadores pode refletir um IT com baixo investimento ou descaso. Observe o computador dos chefes em relação aos funcionários. Um chefe que vai em geral usar ferramentas padrão de texto e gerenciamento não precisa de uma máquina descaradamente superior que um funcionário que faz uma função pesada como, por exemplo, desenvolvimento de software ou design gráfico.

As entrevistas em si
O candidato entra em uma sala com vários entrevistadores ou poucos por vez? Não há problema em nenhum dos dois casos, mas vejam que para certos assuntos entrevistas coletivas são terríveis para se conhecer bem os candidatos. Se a necessidade de tempo não permitir que ocorra de uma forma diferente, e a entrevista precisar ser coletiva, evite de colocar o candidato na parede. Faço-o se sentir a vontade, assim ele tende a se soltar e você pode extrair melhor o real potencial dele. Ainda mais quando se trata de cargos onde a atividade atrai pessoas de perfil mais introvertido. Entenda que o fator ansiedade para o candidato é elevado, mesmo que ele esteja empregado e só querendo trocar de emprego. Vi muitos profissionais fantásticos serem recusados apenas porque algum entrevistador com ego exaltado queria impor sua posição de domínio.
Outro problema que considero sério é com candidatos que já são recusados antes mesmo da entrevista começar, seja porque foi uma indicação forçada, seja porque a pessoa não agradou pela postura na sala de espera e etc. Vi situações onde o candidato foi obrigado a esperar horas para ter uma entrevista de 15 minutos apenas para cumprir o protocolo. Tive amigos em entrevistas onde os pontos fracos foram tão exaltados que a pessoa sai quase chorando da sala.
Entendam entrevistadores, que muitas pessoas tem memória e nunca se sabe o futuro da pessoa. O mundo dá muitas voltas. Presenciei pessoas que em uma empresa eram meros peões e anos depois estavam em posições chave de decidir o futuro dos próprios que a anos atrás o fizeram passar por todo um tormento.
O ponto que quero chegar neste tópico é o respeito pelas pessoas. Sempre respeite a inteligência da pessoa, mesmo que pelos seus padrões ela não pareça estar apta a posição.

Melhores lugares para se trabalhar
Cuidados com essas listas de melhores lugares para trabalhar. Observe realmente as entrelinhas quando se candidatar a uma empresa. É comum casos de empresas que criam salas de jogos, de meditação, cafés suntuosos, academias de ginástica e clubes e etc apenas para aparecer no topo da lista. Uma boa parte (não todas, ok?) efetivamente tratam os funcionários como qualquer outra empresa, não dão tempo para tais atividades e na verdade se você quiser fazer uso dessa infra-estrutura, ou empolgado pelo perfil "descolado" e quiser se sentir a vontade e usar um dos patinetes a disposição para circular por algum corredor ou mesmo quiser trazer bonecos de ação para sua baia e etc vai ser mal visto.

Empresas "Inovadoras"
Cuidados também com empresas tidas como super inovadoras no mercado. A estratégia de cada uma é diferente. Muitas pessoas novas acham que vão entrar numa empresa dessas para trabalhar num lugar que parece um laboratório do super cientista louco, vão fazer coisas loucas e ter uma vida excitante. Não! Inovação é um processo árduo, envolve não apenas criatividade. Envolve marketing, estratégia comercial e muito trabalho de evangelização das idéias, propostas de projeto, provas de conceito e principalmente desenvolvimento do produto e serviço. O trabalho não vai ser diferente de qualquer outra empresa. São poucas posições dentro da empresa que permitem um trabalho de definição que pode ser interessante do ponto de vista de inovação como o público em geral vê. Normalmente, essas posições são extremamente disputadas e geram controversas ou estão nas mão do topo da hierarquia, ou seja, não é fácil de alcançar a curto prazo. Há muitos profissionais que vivem a vida tentando, estudando e se especializando e não conseguem pela enorme restrição de posições de trabalho nesse tipo de atividade.

Start-Ups
O meu melhor conselho sobre Star-Ups: Releia tudo que escrevi acima.
Start-Ups são uma loteria, como ocorreu nos idos de 2000 com a bolha da internet e das Pontocoms. Existe uma moda de Start-Ups e anjos investindo em novas e "super promissoras" iniciativas (boas e ruins) esperando por grandes lucros.
Estude realmente bem o que a empresa faz em termos de serviços e produtos. Estude o mercado onde ela está inserida e qual o diferencial dela. Verifique quem e quantos são os sócios da empresa. Se pergunte: Será que não tem gente demais gerindo isso? Observe se estão lá seriamente trabalhando ou se estão "brincando de empresario". Quem trabalha lá? É como uma padaria cheia de parentes e amigos pessoais trabalhando? Entenda que não necessariamente é um modelo ruim. Já vi muitas empresas serem muito bem sucedidas com os parentes dos donos gerindo a mesma. Mas se pergunte e avalie com calma quais são as reais possibilidades de você crescer em uma empresa que está tão no inicio em um modelo de gestão como o que você encontrou. Se seu sentimento for bom em relação a tudo isso, aposte! Caso contrário, fuja! A chance de crescer em um empreendimento desses é sempre muito grande, mas o risco é sempre maior também.

Bom. Eu poderia continuar escrevendo e escrevendo pois há muito o que eu ainda não abordei sobre o tema, mas paro por aqui para a leitura não ficar mais massante do que está.
Sei que muitos vão querer criticar o que escrevi, mas digo novamente, são minhas observações em função de minha experiência. Peço perdão se ofendi alguém, não era minha intenção. Acho que todos as pessoas merecem respeito por igual.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Ambiguidade Corporativa

Frequentemente nos deparamos com questões conflituosas dentro de uma empresa, porém uma das mais intrigantes é a que costumo chamar de “injustiça corporativa”. Ela diz respeito diretamente ao fato de observarmos algumas culturas empresarias que “valorizam” os que estão errado ao mesmo tempo que limitam aqueles que procuram fazer o correto, com ética, valores e resultados. É algo que dificulta o entendimento daqueles que estão dedicados em aprender e contribuir para a empresa, pois vai na contramão da lógica da boa dedicação ao trabalho. Claro que não quero generalizar este conceito e dizer que acontece em todos os lugares. É um fenômeno que se observa mais em empresas onde a cultura está arraigada em ética duvidosa e onde historicamente aqueles que podiam contribuir para que as coisas acontecessem por meios questionáveis e obscuros recebiam os louros da vitória.

É estranho que este tipo de atitude ainda seja valorizado em muitos lugares e que ser honesto, ético e bom no que se faz não basta para se ter um reconhecimento digno dentro da empresa. Seguramente este fator gera um clima ruim e um sentimento de derrota por parte daqueles que buscam sempre fazer o certo, seja porque se sentem desvalorizados no seu dia a dia, seja porque veem colegas de ética duvidosa serem valorizados e crescerem. Novamente, não estou dizendo que tais perfis são a maioria hoje em dia, porém representam aquela minoria que acaba contaminando todo o ambiente, como a fruta podre colocada junto no cesto de frutas boas. Não tanto por sua influência junto aos outros colegas (até porque os honestos e éticos não são influenciados por estes tipos) senão por influência junto à gerências e direções de algumas empresas, tais indivíduos acabam sendo verdadeiros parasitas corporativos, um câncer dentro de cada instituição e um modelo pronto pra intrigas e discórdia. No entanto, estão presentes e sendo valorizados pelos resultados que conseguem justamente por meios escusos e duvidosos, muitas vezes compactuando com dirigentes de mesmo perfil.


Penso que independente de termos colegas assim, ou ainda pior, presidentes e diretores assim, devemos manter sempre uma postura profissional digna e, em não sendo mais interessante para nós aquele local, procurarmos outro ambiente de trabalho onde possamos ser mais reconhecidos e onde teremos chance de expressar nosso trabalho de forma honesta e verdadeira. Infelizmente esta é muitas vezes a única opção pra profissionais que se encontram em empresas que apoiam a cultura da “valorização dos errados” e “desvalorização dos corretos”.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Do Ser e do Ter: Uma Longa Caminhada Para a Transformação

A definição de emprego nos moldes tradicionais ainda é nos dias de hoje o padrão seguido pela maioria das empresas, em grande parte por estarem enraizados em sistemas de administração que são passados de “geração para geração”, e que, muitas vezes sem serem questionados, são bons simplesmente porque “sempre deram certo”. E ninguém os discute mais. Ponto.

O resultado disto, ainda que se busque frequentemente a melhoria natural dos processos, configura uma maneira de fazer as coisas que começa aos poucos a perder a sua função, pois já se comprovou que o ser humano precisa de estímulos para produzir, e este não pode ser puramente financeiro, ou girar unicamente em torno do ambiente físico da empresa. Talvez por isso temos observado um número cada vez maior de pessoas, geralmente os profissionais que hoje se encontram na faixa dos 30-50 anos, que já não têm identificação alguma com horários fixos de trabalho, com o ter que ir até a empresa e sentar na sua cadeira 5 dias por semana (se não mais, em alguns casos !), com o bater cartão e ter que lidar com uma maneira engessada de fazer as coisas.

A reflexão do “ter” versus o “ser” aparece também com cada vez mais força, tendo em vista um crescimento cada vez maior pela busca do entendimento íntimo, da tentativa de compreender a nossa função neste planeta, independentemente de credo que se segue. As pessoas estão cansadas de seguir uma formula que já quase não se atualiza nos dias de hoje e que não acompanha o andar dos novos tempos. O conceito do “ser”, felizmente, começa a receber mais força nas decisões que tomamos uma vez que começamos a enxergar com mais clareza o nosso propósito e missão nesta vida, que estão ligados unicamente à nossa evolução enquanto pessoas.

Opções por trabalhos mais alternativos, que proporcionem uma qualidade de vida plena e que estejam de encontro aos conceitos do indivíduo enquanto à geração de valor que podem dar ao mundo, numa contribuição para uma sociedade mais amigável e solidária, fazem a pessoa abrir mão de certos luxos e confortos para entender que o que possui já é suficiente para ter uma vida digna e saudável. Aliás, a saúde é um dos pontos-chave neste processo de melhoria de qualidade de vida, uma vez que agrega conceitos de alimentação saudável, estilo de vida, lazer e relaxamento físico e mental, que atuam de maneira muito eficaz no combate à doenças comuns da nossa era, principalmente o estresse e a depressão.

No entanto, para que esta revolução para o bem estar dos indivíduos possa ocorrer é notável a necessidade de combater o medo do desconhecido, do futuro, do “o que será se eu fizer isso ou aquilo”. Os medos neste caso são barreiras que devem ser rompidas o quanto antes, seja enfrentando-os de frente, seja achando alternativas que nos permitam enfraquecê-los. Temos plena capacidade e conhecimentos para crescer por nosso próprio esforço, sem prejudicar a ninguém neste caminho, e entender que podemos chegar onde quisermos, sem termos que carregar a pesada carga que levamos (por opção nossa !) em função da vida que levamos.

O Início do Pato

Um grande Olá a todos do autor do Blog!

O que os patos tem a ver com inovação? Um pato é apenas um pato. Faz "quack", tem penas e nada por aí de vez em sempre. Voa pouco. Etc e etc. Afinal, é um Pato!

Na verdade o Pato tem uma grande simbologia em muitas culturas. É uma bela ave e pode se apresentar de formas engraçadas como os famosos personagens da mídia a fora. É visto como uma representação de pessoas ingênuas que podem cair em qualquer brincadeira ou enganação. Também pode ser usados em metáforas, como também pode representar coisas finas e de bom gosto. Pode ser uma iguaria culinária, pode ser um simbolo em uma peça decorativa de alto padrão ou mesmo de baixo padrão.
No mundo corporativo, todas esses inúmeros pontos de vista sobre pato podem, também, representar a visão de inovação que as empresas tem. Pode ser algo banal, algo ingênuo, algo chique, algo imprescindível, algo que incomoda, algo cobiçado, algo lindo, algo feio e assim por diante.

Resumindo, muitas vezes, somos ou cobiçamos ou fugimos do pato. Em minha visão a inovação é o pato nosso de cada dia. E pretendo cutucar o pato com vara curta expondo nossa visão sobre inovação baseado na experiência adquirida nas várias empresas pelas quais passamos ao longo dos anos.

Espero que essas reportagens sejam de boa leitura e possam ajudar as pessoas e nortear um pouco a distorcida visão que se tem de inovação e comportamento corporativo nas empresas de hoje.

Entendam que a intenção aqui não é cutucar o passado e atacar desafetos empresariais. Não há intenção de atacar a ninguém. Uma das leis entre os autores desse Blog é manter a discrição e o sigilo sobre nomes tanto de pessoas como empresas que usamos como exemplo para nossas histórias. Mas, de forma recorrente encontramos as mesmas figuras pelo caminho, nos deparamos com situações semelhantes e parece sempre que vem novas pessoas que teimam em cometer os mesmos erros.
Quem sabe aqui, as pessoas possam encontrar um alento ou mesmo uma experiência já vivida que ilumine futuras ações.

Acredite meu amigo! Os Patos que aqui escrevem, já foram por inúmeras vezes depenados. Aproveite de nossa experiência.

Um abraço a todos,

Alexandre